Pneumologia é a especialidade clínica que cuida das doenças respiratórias, incluindo distúrbios do sono (apnéia obstrutiva do sono), pacientes críticos (em UTI), doenças infecciosas (como tuberculose e pneumonia), doenças relacionadas ao fumo e cessação de tabagismo. Pneumologista é o médico especialista nessa área. A seguir, gostaria de destacar alguns detalhes sobre nossa atuação.
Os pacientes em terapia intensiva (UTI/ CTI) têm elevada complexidade e risco mortalidade, especialmente quando necessitam de auxílio para respirar (ventilação mecânica). Devido a avanços na Pneumologia houve uma redução drástica da mortalidade nesse grupo de pacientes (de 80 para 30%). Para esse ganho é fundamental o uso estratégias de ventilação protetora, conduzidas por um Pneumologista.
Embora a tuberculose seja uma doença antiga, ela ainda é muito presente no mundo e, especialmente, no Brasil. Nos últimos anos houve um aumento nos casos de tuberculose, que pode ser relacionado ao envelhecimento populacional, ao maior número de pacientes em uso de medicações que reduzem a imunidade (imunossupressores, quimioterapia) e à epidemia de HIV/ AIDS. O diagnóstico adequado, o tratamento com os medicamentos apropriados e pelo tempo correto são fundamentais para a cura.
O cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo! Por ano, o cigarro mata aproximadamente 10 milhões de pessoas e esse número vem crescendo nas últimas décadas. Muitos fumantes desejam parar, mas poucos têm sucesso ao tentar sozinhos (aproximadamente 3%). O acompanhamento médico é fundamental para aumentar essa chance (para aproximadamente 70%). Há diversas estratégias para o auxílio da cessação de tabagismo, cada paciente tem que ser avaliado para definir qual a melhor no seu caso.
Os distúrbios do sono geram impactos em nossas vidas e das pessoas a nossa volta. Quando dormimos mal, nosso cérebro não tem o período de descanso necessário, como consequência nossa concentração cai, nosso rendimento no trabalho diminui e nosso humor piora. As apnéia do sono leva a uma dificuldade no controle da hipertensão, diabetes e colesterol, aumentando o risco cardiovascular (infarto e derrame). Além dos efeitos acima, há uma questão social do ronco, que atrapalha quem dorme conosco. Com o diagnóstico e tratamento otimizados, podemos voltar a ter um sono restaurador e uma melhor qualidade de vida.
